Foto: freepik

O Papa Leão XIV fez um apelo direto ao governo dos Estados Unidos nesta terça-feira (2/12), solicitando que o país não utilize a força militar como estratégia para tentar retirar do poder o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O pontífice, primeiro papa de origem norte-americana, defendeu que o diálogo e até mesmo a pressão econômica são caminhos mais adequados para promover possíveis mudanças no país latino-americano.

A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa, quando o Papa foi questionado sobre as ameaças recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de usar meios militares para depor Maduro. Ao responder, Leão XIV destacou que “é melhor buscar formas de diálogo ou talvez de pressão, inclusive econômica”, reforçando sua posição contrária a uma intervenção armada.

O líder religioso também comentou o momento delicado nas relações entre os dois governos. Segundo ele, apesar de Trump ter afirmado que manteve uma conversa telefônica recente com Maduro, ainda há sinais de instabilidade. “Existe o perigo, existe a possibilidade de alguma atividade, alguma operação (militar). As vozes que vêm dos Estados Unidos mudam com certa frequência”, afirmou.

As declarações do Papa ocorrem em meio ao aumento das tensões entre Washington e Caracas. O governo norte-americano acusa Maduro de chefiar o chamado Cartel de los Soles e de manter ligação direta com o narcotráfico. Como resposta, os Estados Unidos intensificaram sua presença militar no mar do Caribe e passaram a atacar embarcações consideradas suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas.

Em contrapartida, o presidente venezuelano negou as acusações feitas pela Casa Branca e determinou que as Forças Armadas do país permaneçam em estado de alerta para possíveis confrontos.